Ceifeiro da morte


A morte tem sido personificada como uma figura ou um personagem fictício desde os primórdios da estória com os "contadores de estórias". Como a morte é algo que mexe muito com o ser humano num todo, ela tem várias formas, nomes e significados, se moldando de acordo com a cultura a que se aplica.
No mundo ocidental, ela é personificada como uma criatura cadavérica envolta numa grande capa preta,vezes maltrapilha, empunhado uma grande foice.
No mundo inteiro a morte tem várias formas significados e variados. Essa é uma lista de entidades de mitologias diversas que são ou estão relacionadas a morte:
Ankou (Bretão)
Hades e Tanatos (Grécia)
Hel,Odin,Loki (Nórdico)
Hun-Came (Maia)
Izanami (Shintoísmo)
Mictlantecuhtli (Asteca)
The Morrigan (Celta)
Mors (Romano)

Osiris (Egipcio)
Shemal (Semita)
Shinigami (Japonês)
Sielulintu, Kalma, Surma, Tuoni (Finlândes)
Yama (Hindu)
Yanluo (Chines)
Podemos deduzir, que imagem cadavérica da morte, simboliza o corpo morto do ser humano, Agora você já se perguntou o porque dela estar segurando uma foice, e muita das vezes uma ampulheta?

Voltando mais uma vez, lá na mitologia grega, o retrato da foice é originada de uma concepção etmológica helenistica que relaciona o Deus Cronus com o tempo. Etimólogos da época helenística, erroneamente ligaram Cronus como sendo Pai do tempo, por seu nome ser semelhante com o prefixo Chrono, que significa "tempo". Sendo Cronus Deus da colheita,e o mesmo carrega uma foice (Que na mitologia foi usada para castrar seu pai,Urano.) frequentemente, a imagem de pai do tempo e ceifador se sobrepõe, dando origem as alegorias "foice e ampulheta", o que mais tarde se tornaria personificação da morte.
A morte é vista como já havia mencionado antes,em divergentes formas, situações e significados. E no ponto de vista religioso, como a morte é vista?

No Catolicismo, o arcanjo Miguel, é visto como o anjo da morte, carregando consigo as almas dos homens para o céu. Ele segura uma balança (uma de seus simbolos), Ele tem o propósito de dar as almas dos mortos a chance de se redimirem antes de fazer a passagem para o céu.

No Islã, a morte é um dos anjos de Allah,como é mencionado no Qur'an:
O anjo da morte, que está sendo carregado com você, irá reunir você; então para o seu Lorde retornarás. (32:11).
Ele é tradicionalmente conhecido como "Izrail" (não é para ser confundido com Israel, cujo o nome somente é referido ao profeta Ya'qoob/Jacob), A forma portuguesa para esse nome seria "Azrael". Ele é responsável por separar a alma do corpo das pessoas que foram chamadas a deixar permanentemente o mundo fisico para o mundo espiritual primordial. Este processo varia de pessoa a pessoa de acordo com a sua natureza e suas ações passadas.

No Esoterismo, a morte aparece nas cartas do tarot, sendo ela representada como na figura que se segue. Mas seu significado é bem diferente do que a sua imagem passa. O Arcano XIII, é nomeado A morte, e significa novos caminhos, rotas e decisões.

No Paganismo ,Vamos tomar partido no paganismo Eslávico. As antigas tribos Eslávicas, personificavam a morte como uma mulher em roupas brancas, com um broto verde que nunca desabrochava, em suas mãos. Quando um homem era tocado por esse broto, era posto em um sono interminável. Essa imagem conseguiu resistir a cristianização na Idade média, só sendo substituído pela imagem européia mais tradicional de um esqueleto ambulante no século 15.

No Hindu, nas escrituras conhecidas como "Vedas" ; O Lorde da morte é chamado de Yama, ou Yamaraj (literalmente "o lorde da morte"). Yamaraj galopa em seu búfalo negro e carrega uma corda e apanha as almas e as leva para seu palácio chamado "Yamalok". Yamaraj é ajudado, por seus servos, os Yamaduts. Em Yamalok cada pessoa tem um tipo de conta que é registrado todos as ações sejam elas boas ou más e são administrada por Chitragupta, no qual auxilia Yamaraj a decidir aonde as almas irão residir na próxima vida, seguindo a teoria da reincarnação.

No Shintoísmo, Após Kojiki, dar luz o deus fogo Hinokagutsuchi, A Deusa Izanami morre por feridas feitas pelo seu fogo e entra numa noite perpetua chamada Yominokuni, onde os Deuses são mandados para dormir em paz. Após isso Izanagi, seu marido, falhou na tentativa de reclama-la do mundo de Yominokuni, com um breve argumento de Izanagi, Izanami poderia sair do lugar, porém assumiria a posição de Deusa da Morte, e sua obrigação seria pegar 1000 vidas todos os dias. Há também outros deuses da morte no Japão atual, os shinigami, que já chega perto da personificação ocidental do ceifador.
Shinigami são comuns nas ficções modernas japonesas e claro não é incluída na mitologia tradicional.
Como podemos ver a morte tem mil face e significados que variam de cultura, época e crendice.

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